10.11.10

Ateliê da Tarde do segundo semestre de 2010: Nosso Mundo e Bolsa Mágica

Nosso ateliê da tarde do segundo semestre de 2010 iniciou suas atividades no dia 24 de agosto sob orientação da professora Dália Rosenthal juntamente com as alunas da graduação Mônica Chen e Janaína Ramos, da pós graduação Rosana Paulino e Margareth Soares e as crianças Caroline, Dora, Francisco, Gabriel, Gabriela, Giovanna, Letícia, Nicole, Odjuani, Pandora, Renata , Vitória e Davi. 

Como primeiro trabalho foi sugerido Nosso Mundo no qual cada aluno foi convidado a desenhar e pintar o seu mundo pessoal. Ao final, conversamos sobre cada trabalho, nos conhecendo e partilhando diferenças, referências individuais e escolhas.




Roda inicial de apresentação.










Nosso Mundo: Escolher e criar.























 Expor e compartilhar.

















 











Partimos então para o projeto Bolsa Mágica. Começamos investigando as bolsas e o seu simbolismo em diferentes povos e culturas. 


Rosana Paulino criou também uma história especial para nos contar:



UMA HISTÓRIA SOBRE CANGURUS

Os marsupiais gode(latim científico: Marsupialia) constituem uma infraclasse de mamíferos, cuja principal diferença com os placentários, é a presença, na fêmea, de uma bolsa abdominal, conhecida como marsúpio (do latim marsupium, do qual o nome da infraclasse deriva), onde se processa grande parte do desenvolvimento dos filhotes.


Certa vez, em um lugar muito, muito distante e a muito tempo atrás uma mãe que queria carregar seu filho em segurança. Ela não sabia como fazer, pois uma grande chuva se aproximava. O grande deus então, vendo o desespero da mãe, fez com que ela se transformasse em um animal que poderia carregar o seu filho grudado em seu corpo, dentro de uma bolsa. Ela gostou tanto de ficar assim, com seu bebê grudado em seu corpo, que não quis mais voltar à forma humana. Os nativos então, ao verem aquele estranho animal, perceberam que aquela era uma maneira muito boa para se carregar as coisas. Antes eles não sabiam como carregar suas ferramentas e outras coisas e por isso gastavam muito tempo fazendo longas viagens. Por causa disso consideraram o animal sábio e o tornaram sagrado.

Passaram-se muitos anos e um dia uma grande fome se abateu sobre a tribo, com a chegada de uma grande seca. Após acabarem as plantas, os peixes e os animais, e vendo que não restava mais nada para comer a não ser aquele curioso animal, os nativos investiram contra a mãe que calmamente carregava seu filho. Desesperada, ela bradou novamente por socorro e o grande senhor a transformou em mulher novamente.

Sem ter o que comer, os nativos pediram a mulher que clamasse a seu deus poderoso. Ela então o fez, e um grande rebanho de cangurus – o primeiro deles – surgiu do pó seco da terra. Os nativos se dirigiram para os cangurus, para matá-los, mas o chefe do grupo disse que a sua carne era muito dura, não era boa para se comer. Como os nativos estavam com muita fome, ele sentiu pena do grupo e disse que poderiam matar a ele e a três dos seus, mas antes ele iria ensinar algo muito importante: como reconhecer e separar as sementes das plantas, preparar o solo e plantá-las. Então os homens não teriam mais fome. Depois disso, eles poderiam matar o canguru e três de seus amigos, já que a colheita ainda iria demorar. Antes de ser morto, porém, o canguru se colocou sobre sua calda traseira e bateu seus poderosos pés sobre o solo. Ao rachar o solo seco, uma fonte de água começou a jorrar, formando um belo rio no local que hoje é conhecido como “A fonte do canguru”.

Após aprenderem os ensinamentos, os homens fizeram o que o canguru havia ordenado. Mataram a ele e a três de seus amigos. Preparam a carne para que ela durasse até o momento em que a colheita pudesse ser feita. Aquela carne era mágica porque, quando parecia que ia acabar, e a noite as pessoas se desesperavam pela falta de alimento vindoura, no dia seguinte a bolsa onde ela era guardada estava repleta de carne novamente. Assim os homens aprenderam a semear, plantar e colher. Passaram a guardas suas sementes, o bem mais valioso que tinham, em bolsas que levavam sempre junto as suas cinturas, como os cangurus. Deste dia em diante o canguru passou a ser um animal sagrado e sua bolsa, fonte de alimentos e riquezas, passou a ser considerada mágica.



Em seguida, cada aluno elaborou como seria a sua própria bolsa mágica. Formas, cores, desenhos e elementos foram sendo passo a passo re-organizados dentro do universo pessoal de cada um enquanto o fazer criador se desenvolvia. Assim, do projeto ao objeto foram várias aulas de trabalho intenso e muita perseverança por parte de cada um! 



Bolsa Mágica: Conhecer, imaginar, projetar e desenvolver o fazer.

































































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2 comentários:

Margarete disse...

A turma é muito animada mesmo, criaram bolsas originais. Cada um imprimiu a sua marca, cada bolsa é única e especial. Aprendo muito com vocês, todos os encontros são únicos. Parabéns a todos!

Biba Arruda Marques disse...

Que felicidade ter encontrado este trabalho tão incrivel que vcs fazem com estas crianças! nossa familia esta mesmo muito muito feliz em fazer parte deste privilegio! parabens a todos!!!